A crande pergunta é: quem somos nós ?, as novas mulheres maduras. Uma faixa etária cada vez mais ampla inscreve-se nesta categoria (?) de mulheres. Dos cinqüenta para cima – escolho eu. Quarenta, quarenta e cinco... E os mais cruéis, que tratam por mulheres maduras as 30, 35. Imagina que Madonna, Santa Madonna, acaba de criar uma marca de roupas para ‘mulheres maduras’, do 25 aos 50. A maturidade feminina varia de cultura a cultura, mesmo se pensarmos só no mundo ocidental
Dos cinqüenta aos 80 por exemplo, faixa com a qual o Flyind on the World se propõe a dialogar, a diversidade já é enorme... Já são várias gerações de mulheres que ora se juntam , juntam experiências para ter o que lhes é devido como imagem social, e que ora recebem um apelido, Boomers – genericamente mulheres que nasceram no pós- guerra. Uma figura nova na história, na antropologia e na mídia. Nós somos boomers.
Forever Love Vogue Paris dez-2011, jan,2012. O mercado entra na disputa pela Boomer |
E como é uma boomer? No capitalismo, o mercado sempre se adianta, e nos descreve como um público consumidor desgarrado do mercado, com alto poder aquisitivo ( 40 anos é considerada a idade em que a mulher está no auge de sua carreira profissional), um consumidor fiel, exigente, mulher segura de si, sabe o que quer, não se deixa impressionar pela publicidade, e quer comprar mas não acha o quê. Olha que coisa mais interessante! OK, o Mercado nos quer conquistar nisto vem investindo nos últimos dois ou tres anos, e muito se faz faz para atrai a nova mulher madura. Mas antes ele, o Mercado, tem que responder à pergunta: Quem é ela, o público alvo? O que quer? Como pensa? Quem são as broomers? Enquanto nós mesmas pensamos: “Quem somos nós?" ( valendo a pergunta para as questões individuais ou de grupo).
Sempre que penso isso, me vem à à Esfinge do Édipo: “Decifra-me”. Não, vou ser mais sincera. Ela diz a frase inteira: “Decifra-me ou devoro-te”. Essa nova mulher madura, que vem mostrando a cara,” segura de si, que sabe o que quer, e não se deixa influenciar pela propaganda”, é uma questionadora do Mercado e sua cultura, seu sitema... E pode devorá-lo. Ou deixar-se seduzir, se for finalmente decifrada.
Uma faixa de consumidor que só tende a crescer, com a maior longevidader. Mas, no fundo no fundo, o que se impõe em presença desta nova mulher é uma mudança de mentalidade mercadológica e social.Diria mesmo que um choque civilizatório.
Neila Tavares para Flying on the World
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