Aos 82 anos, quando a bailarina Maya Plisetskaya dançou pela última vez ( última até agora. Está com 86 anos e pode aparecer por aí dançando a qualquer hora), na Grécia, respondeu aos jornalistas que lhe perguntaram “ Como?”, “ Com trabalho, meu filho. Com muito trabalho”.
Na foto abaixo, Maya dança no Kremlim na festa dos 80.
Abaixo, em Moscou, na mesma comemoração dos 80 anos. A festa na Rússia durou 1 semana
A coreografia era assinada por Maurice Béjart, chamava-se Ave, Maya, e foi feita em cima da Ave Maria , de Bach e Gounod. E feita , é claro, para ela. Com mais movimentos de braços que de pernas , grandes leques que na dança reproduziam o vôo de um pássaro. Maya, considerada a maior bailarina do século 20, uma legenda, foi principalmente louvada por seus magníficos movimentos de braços. Era então ali, em Béjart, muito mais braços. A ponta ou a meia-ponta não foram sequer tentadas. Nem precisava. Delicadeza , sensibilidade do genial coreógrafo.O público exultou em vê-la.
Abaixo, Maya Plisetiskaya em Ave Maya, que dançou até os 82, leques como extensão dos braços.
Maya é considerada a maior intérprete de todos tempos de Lago do Cisne e A Morte do Cisne justamente por seus movimentos de braços. Com Béjart, fez uma porção de coisas, mas foi o Bolero de Ravel, que melhor celebrou esta parceria. Dnça que também entra pra História.
Mas aos 61, a ponta ainda era feita com presteza.
Maya Plisetskaya, age 61, dances Dying SwanTóquio
Hoje, aos 86, dirige com o marido uma fundação que leva o nome dos dois, e vez por outra sobe ao palco para mais alguns de seus levíssimos, graciosos, elegantíssimos movimentos de braços. Como? "Com trabalho, meu filho. Com muito trabalho.”
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