O tempo é algo muito estranho. Quando a gente chega aos 60,
então, mais estranho ainda ele fica. parece.
“Parece que foi ontem”, não é?, o que já se passou há 20, 30
anos, 40 . O tempo corre. Outro dia, em entrevista à TV, o cardiologista Alair
Ribeiro, dizia, em tom de piada: “Depois dos 60, a cada 15 minutos um café da
manhã”. O dia dura minutos.
E, enquanto a memória remota aflora tão viva, a recente, a
de ontem, a desta mesma manhã, se nega a responder.
A história destas
fotos encontrei no site QGA.com. Para ele, esta não é uma história de tristeza e de perda,
mas uma história de amor.
Sim, de amor. Mas para mim, é também uma história do tempo,
este senhor esquisito que ora se arrasta a passos lentos, ora voa, célere, para
chegar sabe-se lá aonde.
Aqui em pouco mais de um par de anos, o tempo escreveu uma
longa história, envolvendo um casal e sua história de amor, uma família, uma casa.
Ben Nunery casou-se com Ali em 2009. Preparam a casa para a
nova família que formavam e nela tiraram as fotos de casamento.
Em 2000 nasceu Olivia, filha do casal, e, em 2011 Ali morreu
de câncer . Com a morte dela, a casa perdeu o sentido, pai e filha
preparavam-se para deixá-la quando Ben teve a idéia de posar com Olívia em fotos que citavam, em poses semelhantes, o momento inaugural de casal
e casa. Estávamos aqui em 2013.
O tempo, avassalador. Em tão curto espaço construiu uma epopéia.
Passou tramando, celebrando, construindo para desconstruir em seguida, devorando, consolando, costurando...
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