Mulheres
corajosas, guerreiras, nos antecederam para que tivéssemos chegado até aqui. Pagaram,
algumas, preços inimagináveis. E ainda não fizemos o caminho por inteiro. Ainda
há muito por onde caminhar.
Nina Simone,
cantora, compositora, pianista estadunidense, nascida em 1933 e morta em 2003,
foi uma delas. Pagou o preço da instabilidade emocional, a dor dos conscientes,
e ajudou a traçar com lágrimas e sangue nossos novos destinos de mulher. À Nina Simone a homenagem do Flying
on the World.
Mas vamos deixae que Nina Simone fale por si mesma:
“Toda a minha vida desejei exprimir meu sentimento de
prisioneira, esse silencio atroz que transforma todos os negros em
encarcerados”
“Vou dizer a você o que significa liberdade para mim. Líberdadr
é realmente não sentir medo de espécie alguma. Todos deveriam ser livres e, se
não o somos, é porque somos assassinos”
“O que eu fazia não era música clássica ou popular, mas
música em defesa dos direitos civis. Todos os meus amigos foram exilados ou
simplesmente assassinados. Fiquei meio perdida, amarga, paranóica, imaginando
que podia ser morta a qualquer momento”