As razões são de Mercado. Mulheres acima dos 50 representam a fatia mais importante do Mercado
Consumidor Mundial. São elas que decidem, desde a marca de café que se vai
consumir no supermercado até os itens mais sofisticados do mercado de luxo.
Passando pelos roteiros turísticos, a marca de carro, o imóvel, a Moda, a cosmética e até sobre os mais procurados produtos do milionário Mercado Erótico.
Com a considerável vantagem de ser este um público sempre
crescente.
Três senhoras foram selecionadas para
protagonizar a campanha Primavera-Verão 2015 da Dolce &Gabbana,
fotografadas pelo próprio Gabanna
|
Cada vez mais mulheres alcançam os cinqüenta anos, e, com a
longevidade em níveis altos, serão cada vez mais numerosas. Um público que por
muitos anos andou à deriva, sem interlocutor no Mercado Consumidor ( por tanto
tempo voltado para os jovens de caras e corpos perfeitos), que agora precisa
ser conquistado. Um público com suas especificidades, ‘ mais exigente quanto à
qualidade do produto, fiel às marcas que já o conquistaram, comprometido com as causas sociais e
ecológicas, que não admite sentir-se enganado, etc.”.
Dolce&Gabbana, Primavera-Verão 2015 |
O grande desafio das marcas consiste hoje em tentar
desvendar esta mulher que ao longo da última década vem mudando e ganhando um
espaço inédito na História. É a vovó bem cuidada, de caprichado vestir, com seu
próprio círculo de amigos, namoradeira, produtiva, questionadora, inquieta, e também
em busca de si mesma, que começa a mostrar a cara.
Uma coisa é certa. Esta grande consumidora quer agora ver-se
e identificar-se com o produto que consome. O que determina o fim de uma era de
idealizações na publicidade ( “quero ser bela como ela, então vou usar este
produto”) e o nascimento de outra, na qual a força da imagem vale mais que a perfeição
das topmodels.
Esta mulher não mais aceita o modelo de vestido à venda num
corpo de adolescente etérea e
inatingível: “é bonito nela, que é magra, alta, jovem, mas e em mim?”. Quer
ver-se nele, na passarela
.
Uma mudança de comportamento que acabou também por
determinar o fim do photoshop obrigatório nas grandes revistas de moda - do
qual já falamos muito aqui no Flying - que
esta exigente consumidora passou a veementemente rejeitar como a ‘ mentira’ que não deixa de ser.
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