APRENDA A VOAR



Depois dos 50, a Idade de Ouro, a vez da verdade, a hora da posse de si mesma. Aproveite tudo. Curta-se. Ame muito. Você chegou lá. Voe. Agora você tem asas. Você agora é o tigre, e tigre alado. Voe alto. Voe muito alto.

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By Ferramentas Blog

sábado, 27 de junho de 2015

CRIMINALIZADO


POR TER FEITO SEXO COM A MULHER COM ALZHEIMER

Eu soube na rede social e me vi pensando no caso longamente. Fiquei impressionada. Tinha a sensação de uma história de cinema, de ficção. E no dia seguinte eu ainda pensava, durante o trabalho ou a refeição, durante a conversa com um amigo...  Entrei na internet para conhecer maiores detalhes e  só então entendi a riqueza do tema.

Trata-se do homem, um deputado americano, criminalizado por ter mantido relações com a mulher que sofria de Alzheimer. Mas vamos à história:

 Henry e Donna conheceram-se e se apaixonaram no coral da igreja, ambos com 70 anos de idade e ambos viúvos. Amor tardio e intenso. Segundo depoimentos de testemunhas, eram felizes e ele a tratava como ‘uma rainha’ quando, dois anos depois, Donna foi diagnosticada com Alzheimer, e, no dia em que saiu  à rua de camisola, seios à mostra, as duas filhas a internaram numa casa de saúde, sem que Henry fosse consultado.

Ilustração: Foto de George Hoyningen-Huge, 1936

Segundo a imprensa, Henry a visitava duas vezes por dia, de manhã e à tarde, rezava um terço à sua cabeceira, e algumas vezes, descumprindo a ordem dos médicos, a levava a passear. No início de 2014, com o avanço da doença, verificou-se, em testes de memória, que Donna já não reconhecia qualquer pessoa e não sabia mais  o significado de palavras tão simples como cama, azul ou meia.

Aos 78 anos e no nono mandato de deputado em Iowa, Henry foi levado à prisão, acusado por uma das filhas de Donna de ter tido relações sexuais com a mulher, na casa de repouso.

Às primeiras suspeitas suas, a filha de Donna teria  interpelado Henry, e médicos da casa de repouso o haviam alertado: “ O sexo estava proibido a Donna”, e Henry teria apenas respondido: “Não se preocupem”. Mesmo assim, por segurança, Donna foi transferida para um quarto coletivo.

Mas a mulher que ocupava o leito ao lado testemunhou, dizendo que em maio de 2014,  durante a visita, Henry puxou a cortina entre-leitos,  e que em seguida ela ouviu ruídos de sexo. De sexo, não de luta. Nenhuma evidência de brutalidade.Nada que indique que Donna não quisesse ou não consentisse no sexo, que resistisse  ou que se assustasse com a iniciativa do marido , em seu estado de demência.

Donna morreu em agosto, pouco depois de completar 79 anos.

Henry em nenhum momento nega ter tido sexo com a mulher. Não parece culpado por isso. Não parece envergonhado.

A acusação se baseia no fato de que Donna não tinha então capacidade de escolha entre ter ou não relação com o marido, o que caracterizaria, em tese, um estupro ( ou quando a relação sexual se dá independente da vontade do outro). Afirma que Donna era como uma criança e que, se não era capaz de reconhecer o marido, podia ser traumatizada ao se ver nua diante de um homem desconhecido.

Médicos especialistas dão testemunho de defesa, afirmando que o paciente de Alzheimer, embora privado da memória,  ainda tem as sensações , o corpo sente prazer quando estimulado pelo toque como sente dor quando agredido.

Com estes dados, recolhidos na imprensa, tendo a olhar Henri com simpatia. Casou-se apaixonado e  foi feliz com ela até Donna, em tão pouco tempo de casamento, adoecer  e sua mente ir-se apagando, apagando, até o ponto de não mais reconhecê-lo, mente se deteriorando, memória... Mas ele não virou as costas. Continuou ali ao lado dela, visitando a mulher duas vezes por dia e até a seqüestrando para um passeio vez por outra. Uma mulher com quem agora lhe restasse talvez uma única forma de comunicação, a física, através do toque, a linguagem das sensações.

E penso em Donna, e nos nossos velhos todos e nos que sofrem de Alzheimer. Nós os tocamos pouco. Os velhos precisam, devem ser mais abraçados, mais cariciados, mais beijados. Há uma solidão que é própria da falta de toque, uma saudade que é a saudade do toque,saudade de tocar e ser tocado. Porque, assim como nos  é quase irresistível apertar, beijar, acariciar um bebê, há algo que nos afasta do contato físico com o velho. Somos bastante econômicos.

 E se tocamos pouco nossos velhos,  menos ainda tocamos os que sofrem de demência. Como se não estivessem mais neste mundo, como se não vivessem mais, não sentissem mais.
   
Ah, Donna haveria de gostar, de querer, sim, o carinho deste homem, seu amor! Porque alguma coisa dentro dela, acredito, sentia e recebia o amor, a dedicação dele. A memória do corpo, que não está sujeita à memória da mente. E alguma coisa no seu corpo reconhecia, sabia onde estava o seu prazer. Por que não? Estava viva.

Tendo a pensar que os dois tiveram sua última relação amorosa-sexual naquela tarde, comunicando-se corpo com corpo inda que mente não funcionasse mais, para viver um momento de alegria e de afeto e de conforto mútuo, de aceitação e de entrega. Um momento último de entrega ao possível entre os dois. Além da Mente.

Tendo a ver assim.





quarta-feira, 24 de junho de 2015

CABELOS BRANCOS E LONGOS


Não faz muito tempo dizia-se - não sei quantas vezes ouvi isso - que cabelos brancos não deviam ser longos. Sempre curtos. Nunca se sabe quem inventa essas coisas, mas o certo é que a sociedade as adota.

Cabelos brancos longos - pior ainda se muito longos - davam,segundo se pensava então, um aspecto de bruxa ou de fundamentalista religiosa impedida por isso de cortá-los. Muitas lendas.

Yasmina Rossi, topmodel de 56 anos

Não tínhamos, é claro, a tecnologia de hoje, os tratamentos, e todos sabem que cabelos brancos são difíceis de manter hidratados e nutridos. Só recentemente descobri que com a perda da melanina outras perdas também se dão. Perde-se, junto, a capacidade de absorver vitaminas, aminoácidos, os cabelos tendem à ressecamento e à rigidez capilar, ao amarelamento... Enfim, não é fácil mantê-los com uma aparência bonita. Mas podem ser muito lindos os brancos longos.


Nestas duas fotos abaixo, vemos a topmodel Carmen dell'Orefice, privilegiada com um volume muito bom de cabelos até os 83 anos ( idade em que está agora, e em que continua sendo uma das tops mais bem pagas do mundo - não só pelos cabelos, claro).



A mim, pessoalmente, cabelos brancos agradam demais. Longos, crespos ou ondulados, acho que dão delicadeza, suavidade à face madura, não pesam tanto visualmente como os tintos de preto ou de vermelho, integram-se bem ao rosto.

Cindy Joseph


E longos dão maiores chances de variadas performances, com tranças e coques e cabelos mal-presos.


E recolhi na internet uma série de imagens para sua própria avaliação.











Aqui, Linda Rodin, outra topmodel bastante conceituada hoje 
Abaixo, a top Kristem Mcmenamy, de longuíssimos cabelos brancos.



Então, pronta para fazer a sua escolha?


sexta-feira, 19 de junho de 2015

JULIA ROBERTS, MADONNA, NAOMI CAMPBELL, HELEN MIRREN, JESSICA LANGE - MUSAS



E, na continuidade do que viemos dizendo sobre o empenho do Mercado na conquista da mulher madura, principal fatia do Consumidor  ( Veja também : http://flyingontheworld.blogspot.com.br/2015/06/marcas-apostam-mais-nas-mulheres-mais.html)  , vale mostrar também as campanhas das marcas Givenchy, L'Oreal, Marc Jacobs, Agent Provocateur e Versace, protagonizadas por Julia Roberts, Madonna, Helen Mirren, Naomi Campbell e Jessica Lange.

Julia Roberts é The Face de Givenchy 2015. Julia completará 49 anos em outubro próximo.







Helen Mirren vende a marca L'Oreal, 2015, aos 69 anos.






Naomi Campbell  brilha na campanha da lingerie Agent Provocateur, 2015.  Ela tem 45 anos, e a imprensa considerou: " Naomi está mais sensual do que nunca".

 Quem fotografa é a alemã Ellen Von  Unwerth que declara:" Gosto de fotografar mulheres que sabem o que querem".





Madonna é a aposta da Versace, 2015, com fotos de Mario Testino. Ela está com 56 anos.





A atriz Jessica  Lange, de 65 anos,é a musa de Marc Jacobs na campanha Beauty, do final de 2014. Interrogado quanto à sua escolha, Jabobs respondeu: " Porque ela é uma inspiração"






Inspirações, musas.




quinta-feira, 18 de junho de 2015

CABELO REPICADO - LEVEZA E JOVIALIDADE



Na internet, muitos são os especialistas que sugerem o corte de cabelo repicado para mulheres mais velhas. Segundo eles, o repicado dá leveza e jovialidade, caindo bem em quem tem mais ou menos volume de cabelo  e na maioria dos desenhos de rosto e estruturas capilares..

Mas sou do time do 'ver para crer' e fui buscar imagens.











E não é que eu tive que dar razão aos especialistas?



Aqui, de fato, o corte repicado FEZ A DIFERENÇA.

E são tantos os visuais que o repicado permite!




quarta-feira, 17 de junho de 2015

AH, VOCÊ TEM QUE VER ISTO.



Legenda para o Tradutor Google: " Completei 80 anos em julho"


Ela se apresentou dançando num desses programas caça-talentos e o público se apaixonou. Está no Youtube:


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domingo, 14 de junho de 2015

BIQUINE, SIM, COMO NÃO?


Mulher de mais de 60 de biquine. Imagem internet.

O Brasil, todos sabem, é um grande exportador de biquínes, e o que faz o seu sucesso internacional é exatamente a ousadia dos modelos brasileiros.

Nossas praias  vendem-se internacionalmente como um espaço democrático, no qual a pouca roupa é simplesmente natural.



Achei por isso muito estranho quando,  há pouco menos de um ano, em dezembro de 2014, imprensa e redes sociais transformaram em verdadeiro escândalo a divulgação das fotos de uma atriz brasileira  de biquíni, na Praia de Ipanema. Bom, ela tem 72 anos e se chama Beth Faria. ( Leia no Flying: http://flyingontheworld.blogspot.com.br/2014/04/por-que-minssaia-e-barriga-de-fora.html )


Beth Faria na Praia de Ipanema

. "Velha baranga, sem espelho, e outras ofensas que, passada a raiva, me fizeram pensar na burca. Então querem que eu vá à praia de burca, que eu me esconda, que me envergonhe de ter envelhecido? E a minha liberdade? Depois de tantas restrições alimentares, remédios para tomar, exercícios a fazer, vícios a evitar, todos próprios da idade, ainda preciso andar de burca? E o prazer, a alegria, meu humor?" - reclama a atriz, na revista Lola 

Como você pode ver, o biquíne de Beth Faria nada tinha de diferente ou que pudesse de alguma forma atentar contra a moral e os bons costumes. Apenas um biquíne.

Imprensa e redes sociais foram  impiedosos, agressivos, porque Beth era ‘ velha demais para ir à praia de biquíne’. Pergunto eu agora: Em que o biquíni de Beth Faria pode ter incomodado a quem quer que seja? Num mundo de tantos pecados, tantos crimes, tanta desvalorização da vida, tanto cinismo, no que uma mulher de biquíne na praia ( e uma praia acostumada a corpos quase nus), aos 72 anos, pode incomodar? E  por que razão um fato tão trivial, tão sem importância quanto este há de ser tratado como notícia?

Vamos a outro caso. De férias numa praia da Itália, a atriz britânica Helen Mirren, em 2008, e aos 63 anos, foi flagrada por lente indiscreta usando um biquíni vermelho. Foi uma loucura. O mundo inteiro  viu as fotos de Mirren. Acho que ninguém a agrediu pelo biquine, como a Beth. Antes, disseram que estava muito bem ‘ para a idade’, em boa forma, e a grande dama britânica do teatro e do  cinema foi até elevada à categoria de sexy simbol , e encabeçar a lista das mais belas  old ladies do mundo..

Helen Mirren e o tal biquine vermelho
Mas ainda três  anos depois,em 2011,  falando sobre o tal do biquine vermelho, comentava Helen Mirren: “Eu acho que uma coisa que vai me assombrar para o resto da minha vida é aquela maldita fotografia de biquíni. Em si, é uma mentira, porque eu realmente não me pareço com aquilo, sei que isso vai me assombrar para sempre e que sempre tentarei enterrar aquela foto sem sucesso”,  em entrevista ao Daily Mail.

Quer dizer, nem num caso nem no outro a questão de se estar na praia depois dos sessenta de biquine foi tratada como o que realmente  é. Normal, natural. Nos dois casos as fotos causaram escândalo. Do que se pode deduzir que, quer no Brasil quer no âmbito internacional, as pessoas ainda se espantam, discutem, aprovam, desaprovam,  agridem, compram revistas, fofocam porque uma mulher de 60, uma mulher de 70, num dia de sol  foi à praia de biquine. Ora, ora. Que tal lermos um bom livro?

Enquanto isso, veja essas imagens:




E responda rápido: Não te parece muito natural?