Urban Portraits, 'Aung San Suu Kyi', by Pat Edwards |
A Síndrome do Ninho Vazio “não é uma doença” – começam logo explicando os psicólogos
e psicanalistas. Não devia então levar o
nome de síndrome, que significa literalmente uma “ reunião de sintomas que caracterizam uma
doença ou patologia”. A sídrome do ninho vazio - aquela coisa esquisita que acontece com a gente quando os filhos deixam a casa - não é doença. Seria antes um
Rito de Passagem, com direito a sentimentos de perdas, de inseguranças, de abandono, de
sensação de inutilidade e de vazio. Sofrido pelas mães, pelos pais, pelos
casais.
Como agravante, muitos casais descobrem aí descobrir que os dois pouco se
conhecem ou pouco têm se visto nos longos últimos anos, tal era a
principalidade dos filhos na casa ( que nem ao menos perceberam o quanto pai e mãe distanciavam-se um do outro).
É, portanto, um tempo muito difícil.
Os ritos de passagem costumam ser, de alguma forma, dolorosos
em todas as civilizações. E recentemente
postei aqui no blog um filmezinho do Youtube ( reveja, clicando aqui) no qual fica bem
claro que não acontece só com homens e mulheres mas também no reino animal.
E os filhos, esses que se vão, também estarão vivendo seu
próprio rito de passagem - de liberdade, de corte do cordão umbelical...
estão vivendo suas próprias dores. Ocupados demais consigo mesmos, para ainda
terem que dar conta desta imensa carência afetiva que acaba de se fincar nos corações
de papai e mamãe, com sua ausência. E as relações ficam em família ficam às vezes
bem complicadas . Mais tarde, tão logo as coisas se assentem as coisas, se as
relações deste filho com esses pais for saudável, ele terá prazer reconhecer
aquele espaço ( a casa dos pais) como seu também, o ninho original, cujo cheiro, cujos sons, cujo calor
jamais esquecemos, e a nutrir pelos pais, em vez de dependência, amor, carinho,
admiração, conforto, companheirismo.
E os velhos terão substituido a sensação da inutilidade e do vazio do ninho
vazio pela alegria do dever cumprido, prontos para uma velhice generosa. criativa
e alegre. Sem espaços para as chantagens emocionais que nos isolam e enfeiam, e,
com a vida dominada. Mais este rito vencido, prontos para um brilhante terceiro
ato.
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