A dica veio de Isabel Guedes, que me levou ao tema quando
publicou na sua página do Facebook a capa de recente edição de Le
Nouvelle Observateur, Les Sexygénaires –
A Vida Recomeça aos 60 Anos. Na capa, a atriz francesa, Fanny Ardan, belíssima
aos 64 anos ( nasceu em 1949). A edição é
de novembro de 2013.
Sexalescentes, gerontolescentes,
sexygenários... novos termos necessários para contar da nova geração de
sexagenários, os “novos velhos” – guerreiros dispostos a não se abater pelo avanço
da idade, e, crepusculares, a derramar no céu da existência, excitantes cores e
inesperadas formas. Abaixo a velhice de cores acinzentadas e neutras, abaixo a
baixa-luz dos anos que passam dos 60! Eles chegam para brilhar e colorir.
Abaixo a condenação a uma velhice disforme, envergonhada, humilhada, encolhida, tímida, assexuada,
improdutiva e sem voz. Eles chegaram.
Geração de guerreiros acostumada ao Campo de tantas Batalhas
( tantas vencidas, tantas perdidas, tantas que ficaram por semente - mas que
fizeram a diferença no mundo). Por Missão,
Darma, Karma, vocação, não sei, uma
geração que tem por marca a Rebeldia, o “não-aceito”, não foge do Tatame e dá
cambalhotas nos velhos conceitos, nos pré-conceitos que lhe impunham o
isolamento do mundo, o emparedamento, a morte do vivo. Abre os braços para o
horizonte para respirar a Plenitude dos anos e celebrar sua liberdade.
As marcas da idade são as cicatrizes destas batalhas - as
ganhas, as perdidas, as por sementes - e o velho guerreiro as carrega agora
como troféus. Abaixo a beleza forjada, o modelo emprestado jovens. Abaixo o
modelo único dos tenros anos, os engodos do Photoshop, dos egóicos ‘corpos
perfeitos’.
Abram alas, que ele vem chegando.
Ihhhhh, tenho medo dos posts longos demais. Continuo no próximo
a falar do artigo de Le Nouvelle Observateur. Já volto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui sua mensagem. Ela é importante para nós.