"The Enemy Within", obra de Anja Stiegler - fotomontagem |
É... Eu sei, o assunto é delicado . Parece que tenho aqui trazido alguns assuntos delicados, a começar quando falo que mulheres são sempre mulheres. A mulher- aquela entidade que vive em você, não desaparece se você faz, 60,70, 100 anos... A mulher continua lá. Mas nossa sociedade ainda tem dificuldades de olhar assim esta Nova Mulher Madura, "a dona de seu destino". Nós mesmas apenas começamos a nos ver.
Assim, que tenho proposto aqui falarmos de amor ( até quando se espera e se quer o amor?) , ou do sexo das mulheres depois dos sessenta...( até quando?)...
Assuntos delicados. Daqueles que tenho visto as mulheres dizerem:" Não. Eu, não."
E agora quero falar de nossa inimiga interior.
A mulher é a grande inimiga de si mesma. Está sempre descobrindo, na solidão de seu quarto, de seu confronto com o espelho, seus pequenos e invisíveis defeitos. O olhar da mulher sobre si mesma é rigoroso, nada generoso. Diante do espelho, a mulher costuma ser cruel. E diz a si mesma o que não perdoaria que outro lhe dissesse. Diante do espelho a mulher frequentemente se joga pra baixo.
E , trabalhando há tempos sobre o assunto, concluo que é este olho de Madrasta da Branca de Neve com que a mulher se olha e se vê, o mesmo que olha a outra mulher.Sempre à procura do pequeno defeito: "Oh, mas ela está velha" , "Oh, Fulana está cheia de celulite"," Ih, mas a barriga"...
Nosso rigoroso olhar sobre nós mesmas tem origem na forma com que olhamos a outra mulher. Um olhar que não busca belezas. Mas os pequenos, invitáveis e nem sempre significativos defeitos. Como consequencia, e por vício, levamos para a frente do espelho o mesmo rigor. Como o cão que briga com o espelho pensando que vê outro cão.
Acredito que um olhar mais generoso sobre a outra mulher, um olhar mais parceiro, mais "companheira de jornada", mais disposto a ver belezas que defeitos, é um alimento da auto-estima, um pulverizador dessa inimiga interior, que surge do espelho.
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Nossa, que interessante... Gostei da reflexão. E acrescento que é na medida em que a gente se aceita mais, que aceitamos também os outros, sejam mulheres, ou homens. Ninguém é perfeito, ou não estaríamos aqui.
ResponderExcluirÉ verdade, Beatriz. Os "bons olhos" pra outra olham pra gente também. E vice-versa. Obrigada por visitar o FW e por participar com sua reflexão. Volte sempre.
ResponderExcluirUFFA!!! Não é que que é....
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